sexta-feira, 29 de abril de 2011

A HISTÓRIA DA MINHA ESCOLA – 1ª
  PARTE
A escola que eu trabalho surgiu como Clube de Mães chamado Príncipe da Paz no dia 01/04/1986. Fundado pela Sra. Maria das graças de Araújo, que doou o terreno para construir uma creche para atender crianças carentes do Bairro de Águas Lindas. A creche, no início era de madeira, constituída de:
* 02 salas               * 01 cozinha             * 01 diretoria
* 01 refeitório          * 01 secretaria          * 02 banheiros    * 01 área aberta
Funcionava nos três turnos: manhã e tarde, como creche e a noite supletivo fundamental para jovens e adultos. Os funcionários exerciam trabalho voluntário, pois a creche não tinha nenhum vínculo com os governos municipal ou estadual.Assim funcionou durante quatro anos, até que a Sra. Maria das Graças, com apoio político, conseguiu um convênio com a SEDUC, na esperança de ganhar o cargo de diretora da creche. Porém, não tinha o grau de escolaridade suficiente para o cargo restando apenas a função de servente, o qual recusou. Aborrecida, ela mandou destruir a creche, sem ninguém saber.Isso ocorreu na madrugada do dia 17 de agosto de 1992. No dia seguinte, os funcionários, a diretora e alguns pais registraram queixa na delegacia e recolheram o material que havia sido levado.Com ajuda dos pais e da COHAB, a creche foi reconstruída.Enquanto o prédio estava em obras, a creche funcionava no salão paroquial da Igreja Santa Terezinha. Com o prédio pronto foi conseguido um convênio mas a Sra. Maria das Graças se recusou assiná-lo. Os funcionários recorreram a vice-presidente do Clube de Mães a Sra. Maria Souza, que assinou o mesmo. A creche torna-se escola Príncipe da Paz,funcionando nos dois turnos e atendendo cerca de 520 crianças do Bairro de Águas Lindas. Era dezembro, tudo parecia correr normalmente até que um dia, apareceu um senhor para ver o prédio, pois pretendia comprá-lo e no terreno construir uma vila de casas. Foi neste instante que os funcionários souberam que o prédio ia a leilão. A professora Carmem Campelo que estava no momento na escola, pediu encarecidamente para ele não comprar o prédio, pois para onde iriam todas as crianças da escola.O mesmo não se importou. Aí os funcionários recorreram a vereadora do município de Ananindeua a Sra. Isane Monteiro e contaram o que estava acontecendo. Depois de alguns dias a vereadora disse aos funcionários que tinha comprado o prédio para a comunidade mas não apresentou nenhum documento. Vários meses se passaram, os funcionários, os pais e o Clube de Mães fizeram promoções e conseguiram murar e gradear a escola, construíram mais uma sala de aula e terminaram outra.
Houve eleição para o Clube de Mães e a Sra. Joana Costa foi eleita a presidente e, na sua gestão foram construídas mais três salas de aula, os banheiros foram reformados, foram trocadas as instalações elétricas, foi feita a calçada e outros pequenos reparos. por meio de doações políticas a Sra. Isane Monteiro conseguiu lajotar quase toda a escola. No ano 2000 houve eleições municipais e a Sra. Isane Monteiro estava disputando a reeleição e pediu, em reunião com os pais e funcionários da escola, apoio político e disse a todos os presentes que a escola era da comunidade e que jamais ela tiraria a escola das crianças. Em janeiro de 2001, a escola recebe uma xerox de um documento na qual a Sra. Isane tinha dado para a SEDUC vendendo o prédio, só que a escola não estava sabendo de nada. Os funcionários, com o tal documento em mãos, foram até a SEDUC saber o que ia ser feito a respeito e a informação dada foi que a SEDUC não aluga escola conveniada. No dia 12/01/01, os funcionários convocaram uma reunião com a comunidade e falaram tudo o que estava acontecendo. A comunidade se dispôs a lutar por seus direitos, ou seja, lutar pela permanência da escola, pois no bairro não havia escolas suficiente para atender as 520 crianças.
FIM DA PRIMEIRA PARTE......

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